MASSAYÓ
O vento que sopra em Ponta Verde, sopra na
Fábrica da Pedra...
Longínquos lugares, alhures...
Solitários.
Ele riu na minha face, me apertou a mão.
E são tantos olhos casados, secos
Em sua roupa de seda não criam suores.
Mas seu hálito fétido se resplandeceu por um país.
Terra que queria minha, tapiocas de Bocas que não matam
Alagoas, pequena célula desértica.
Se em teus braços vivi como nunca,
Sois tu alma gêmea, eu cá distante.
Resgata-me, peço-lhe, mesmo manco...
Saberei-te apoio
Assim, covardemente ouvindo Piazzola,
O Sabor do teu mar, corre em minhas veias.
Os abutres enojam, mas seus dias chegam...
Então seremos nobres.
Poeta: Ramon Navarro